terça-feira, 15 de setembro de 2009

PERFIL - PROFESSOR CURSISTA- PAULO LEANDRO DE CARVALHO


Paulo Leandro de Carvalho– 20 anos

Formação – Pedagogia (em curso)

Aspirações profissionais:

Terminar a graduação e passar em concurso público, ingressar no mestrado.
Como você recebeu o GESTAR:
Recebi com entusiasmo e com a expectativa de ser o GESTAR II uma formação continuada de qualidade na área de linguagem.

Dificuldades pedagógicas encontradaS:
Por eu ser estagiário na escola às vezes encontro dificuldade em me reunir com os alunos com freqüência.

Precisamos construir um projeto qual você poderia construir :
Oficinas de leitura onde seriam trabalhadas estratégias de compreensão leitora.

Fale um pouquinho sobre o projeto GESTAR II :
O GESTAR II é um projeto que acontece nas escolas como uma proposta de formação continuada de professores, neste caso, de Língua Portuguesa. Visa ao aprofundamento dos conteúdos e ao desenvolvimento da autonomia didático-pedagógica do professor. Sua metodologia contribui para uma intervenção pedagógica nas dificuldades dos alunos.

Relate uma experiência boa.
Como sou Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), venho desenvolvendo uma pesquisa de Iniciação Científica sob a orientação da Prof. Ms. Rosângela Maria Couto, com o tema Leitura e compreensão. Gostaria de relatar uma experiência que faz parte da coleta de dados da pesquisa.
Na sala de aula do Projeto “Acelerar para Vencer” da Escola Municipal Professor João de Abreu Salgado, foram realizados encontros semanais de cinqüenta minutos cada, no período de seis semanas. Nesses encontros, chamados de “oficinas de leitura”, trabalhei com as estratégias de leitura propostas por Solé (1998) visando ao desenvolvimento da compreensão leitora. Solé (1998) propõe o ensino de estratégias que contribuem para a compreensão dos textos escritos. Agrupa para fins didáticos as estratégias de compreensão leitora. Ao se desenvolver atividades de leitura com os alunos, é preciso que o professor tenha em mente que a leitura precisa ser desenvolvida em três momentos fundamentais: o antes, o durante e o depois da leitura. Braga e Silvestre (2009) afirmam que,

Para formar um leitor e um produtor de textos competente e autônomo, capaz de compreender e interpretar aquilo que lê, construir significados e transforma-los em palavras, exige-se do professor uma intervenção adequada, contínua e explícita durante toda a vida escolar do aluno. E essa intervenção precisa ocorrer de forma consciente e sistemática antes, durante e depois das atividades de leitura (p. 16).

Antes de iniciar a tarefa de leitura os alunos devem estar motivados e encontrar sentido no que fazem. Para isto, é preciso que saibam o que vão fazer, conheçam os objetivos, sintam-se capazes de fazer, tenham os recursos necessários e a possibilidade de pedir e receber ajuda, além disso, precisam achar interessante o que fazem. O segundo momento do processo de compreensão de leitura considerado por Sole, como fundamental é o durante a leitura. Para Palincsar e Brown (1984), apud Solé (1998) as estratégias responsáveis pela compreensão durante a leitura são as seguintes: formular previsões sobre o texto, formular perguntas sobre o que foi lido, esclarecer possíveis dúvidas e resumir as idéias do texto. A sequência e utilização de tais estratégias podem e devem ser adaptadas aos propósitos da leitura. O terceiro momento da leitura é o chamado por Sole (1998) de depois da leitura. São as seguintes estratégias: identificação da ideia principal, elaboração de resumo e formulação e resposta de perguntas. Estas estratégias já foram vistas como processos que ocorrem também durante a leitura. Entretanto, deve ficar claro que não é possível estabelecer limites entre o que acontece antes, durante e depois da leitura.
Após a observação realizada durante todo o processo das oficinas, constatou-se uma mudança qualitativa no desempenho sobre as questões de compreensão leitora dos alunos durante as aulas, apesar de alguns apresentarem problemas de indisciplina durante a realização das oficinas e por não darem seqüência às atividades propostas. Percebe-se que é possível ajudar os estudantes no desenvolvimento da compreensão leitora, utilizando-se do ensino de estratégias e mudando a dinâmica de leitura em sala de aula.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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