Havia uma vila que se chamava Javé, a qual o governo decidiu fazer uma represa que iria inundar o vilarejo.
O povo ficou muito assustado, revoltado e chegaram a conclusão que não iriam deixar Javé ser inundado. Resolveram escrever histórias vividas naquele vilarejo. Todos eram analfabetos, com exceção de Antônio Biá, o qual foi escolhido para o devido trabalho.
Tinha que escrever todas as histórias contadas e começou então a entrevistar o vilarejo, porém por onde passava arrumava confusão, pois não queria escrever a história como o povo lhe contava.
Chega o dia da leitura do livro de Antônio Biá. Ele resolve escrever uma carta para os líderes da vila e junto com a carta o livro e após entregar foge. Na carta dizia toda a verdade, que não havia escrito as histórias narradas pelo povo. Foram atrás dele para tirarem satisfações e expulsá-lo do vilarejo. Depois de muita procura encontraram-no e começaram a xingá-lo. O mesmo não se abaixa e ainda diz que todos são tolos de tentarem impedir que façam uma represa em Javé, pois ninguém ia ligar para aquele fim de mundo, para as histórias bobas. Ninguém queria saber se eram guerreiros e não dariam atenção para um bando de analfabetos.
O povo deixá-o falando sozinho e vão embora.
Passaram os dias e o que parecia distante chegou e realmente Javé foi inundado, obrigando o povoado a abandonar suas casas.
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