quinta-feira, 30 de julho de 2009

TP5 - UNIDADES: 18 19, 20

Na unidade 18 , você vai ver como é importante uma interligação
harmoniosa entre
as partes de um todo.
Isso vale para qualquer tipo de “todo”. Na natureza, relações
harmoniosas entre os seres humanos e o meio ambiente garantem vida saudável, tanto
ao planeta quanto aos seres que nele vivem. Também nos textos, relações harmoniosas
entre as partes garantem sua inteligibilidade, sua compreensão.
O tema transversal será o meio ambiente.
Todos nós sabemos que os seres humanos dependem da natureza para sobreviver.
É respirando, é nos alimentando, é interagindo socialmente que construímos nossa “humanidade”, ou seja, nossa qualidade de sermos humanos.
O meio ambiente, definido como o conjunto de condições naturais e de influências
que atuam sobre os organismos vivos e os seres humanos, não é algo externo a nós,
separado de nós. Qualquer alteração nesse conjunto de condições produz alteração nos
seres vivos e nos seres humanos, de tal modo que, muitas vezes, essas alterações retornam
ao meio ambiente e produzem novas alterações.
O mundo civilizado, como o conhecemos, é resultado de alterações consideradas
boas porque tiveram como conseqüência melhores condições de influência mútua entre
homens e mulheres e o mundo em que vivem.
Mas, do mesmo modo que boas alterações podem desencadear boas conseqüências,
más alterações podem desencadear outra série de conseqüências nefastas para os
homens e para o meio ambiente.
O cuidado com as condições naturais que podem atuar sobre nossa qualidade de
vida é uma preocupação cada vez mais freqüente nos dias atuais. Isso porque, nas
últimas décadas do século XX é que tomamos consciência de que todo o mal (ou bem)
que causamos à natureza para nós retorna mais rapidamente do que pensávamos. A isso
tem-se chamado consciência ecológica.
O mais importante de tudo isso é que, cada vez mais, percebemos que a nossa
sobrevivência depende profundamente da sobrevivência do planeta. A exploração desenfreada
dos recursos, sem possibilidades de reposição, vai criando focos de caos, que
vão minando nossa qualidade de vida.

Esperamos que, ao final da leitura e do desenvolvimento das atividades propostas
nesta unidade, tenhamos colaborado para que você seja capaz de trabalhar com seus
alunos a respeito dos seguintes objetivos:
1- caracterizar a coerência na inter-relação entre textos verbais e não verbais;
2- verificar como se constrói a coerência nos textos;
3- analisar como se estabelece a unidade de sentidos em um texto.

A partir desse reconhecimento, pela consciência ecológica, percebemos que até a
exploração dos recursos naturais para nossa sobrevivência deve ser feita de maneira
harmoniosa com a própria natureza, para que dela também recebamos tratamento harmonioso
– ou seja, sem agressões mútuas.
Um tema lingüístico bem adequado a um raciocínio baseado em harmonia e solidariedade
entre as partes envolvidas (num todo) é o da coerência textual.
Também os textos têm seus sentidos organizados a partir – podemos dizer – de um
pacto de não-agressividade, não-violência. Cada frase, cada palavra de um texto tem
seu papel na construção de uma unidade de sentido. A adequação entre cada um desses
elementos lingüísticos cria uma harmonia que será percebida na leitura ou na recepção
desse texto. Se um elemento destoar – “agredir” o conjunto – , a leitura não “flui” e a
compreensão do texto fica prejudicada.
Nesta unidade, conduzimos nossa atenção para os modos como os textos, tanto
verbais quanto não verbais, “encaixam” seus elementos, objetivando essa solidariedade
entre as partes e, conseqüentemente, a inteligibilidade.
Vamos ver também que muito da coerência depende dos “olhos” do leitor porque,
em alguns casos, o que pode parecer coerente para uns pode não o ser para outros.
Nessa decisão entra nosso conhecimento de mundo e nossa experiência prévia, seja do
assunto, seja dos interlocutores, ou até mesmo do código utilizado. Estamos reconhecendo,
assim, que a coerência é uma qualidade do texto, mas é também dependente dos
interlocutores que a constróem textualmente.
Vamos, portanto, trabalhar com os próximos textos de forma solidária, integrada e
integradora.

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