quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MEMORIAL - TP5

Escola Municipal Professor João de Abreu Salgado
Três Pontas - MG
Programa Gestão da Aprendizagem – Gestar II
Língua Portuguesa

Memorial
Paulo Leandro de Carvalho



"O que eu sou é o que me faz viver”

Nasci em 01 de setembro de 1988. Filho único de um casal desejoso de ser pai e mãe.



As lembranças de minha infância são de momentos de muito amor, cuidado e proteção. Meu pai sempre trabalhou muito e, durante este período da minha vida fiquei mais aos cuidados da minha mãe, apesar de sempre ter contado com os cuidados do meu pai. Fui crescendo num ambiente de muito amor, às vezes me sentia um pouco só por não ter irmãos e nem muitas crianças vizinhas para brincar. Por isso, sempre gostei muitos quando algum parente ia brincar em minha casa.



Bem cedo comecei a freqüentar a escola. Gostava muito das “tias” e me lembro de todas elas, dos trabalhinhos, das histórias, das brincadeiras.



Depois fui para o pré-escolar. Na verdade não me lembro da minha fase de alfabetização, da descoberta das letras.


Gostava muito dos materiais escolares, dos livros. Em casa, lia com muito gosto essas coleções infantis e outros livros que fui ganhando. Além disso, sempre via meus pais lendo alguma coisa. Acredito que isso tenha me estimulado a ser um leitor. A escola era um espaço muito espacial pra mim. Lembro-me que havia fila para ir para sala, dos teatrinhos, da sopa, dos cadernos de classe e dever usados diariamente. Percebia a biblioteca como um lugar mágico, mas foi pouco explorado. Sempre fui uma criança que gostava de ler e escrever. Em casa brincava de “dar aulas” e corrigia meus próprios cadernos, nessa época nasceu o meu desejo de ser professor. Meus pais tinham uma loja e viviam trabalhando, mas sempre se interessaram e acompanharam minha vida escolar. Gostava muito de meus colegas e alguns deles se tornaram meus grandes amigos. No fim da quarta série, vem a formatura e um novo ciclo se inicia.




Chegar à nova escola, conhecer novos colegas, professores, tudo tão diferente do que estava acostumado...agora seria uma professora para cada matéria...
Para me acostumar com o novo ritmo levou um tempo. Com o passar do tempo, tudo entrou nos eixos e passei a gostar muito da escola. Lembro-me da maioria dos meus professores. Alguns deixaram marcas positivas, outros nem tanto. Em especial lembro-me de uma professora que me marcou positivamente. Quando em uma de suas aulas eu disse que gostaria de ser pedagogo, ela respondeu que acreditava em mim e que tinha certeza que eu seria um grande pedagogo assim como o pedagogo que ela havia citado durante a aula, Paulo Freire. Isso me deu um grande estímulo e nunca me esqueci. Uma leitura que me marcou foi “A ilha perdida”. Uma aventura inesquecível que me prendeu do início ao fim. Mas um período de estudos foi se encerrando. Chega a 8ª série, uma nova formatura.


Já no Ensino Médio, não senti tanto as mudanças, pois continuava na mesma esccola e com os mesmos colegas. Só que agora a cobrança era maior, pois tínhamos que pensar no vestibular, profissão, futuro... Eu continuava com o desejo de ser pedagogo. A escola sempre foi um espaço que despertou meu interesse. No 3° ano do ensino médio estava cheio de expectativas e medos sobre o vestibular, apesar de não ter me dedicado aos estudos tanto quanto eu deveria nessa fase. Algumas matérias pareciam sem sentido na minha vida, sempre me perguntava o porquê de estudar isso e aquilo. Entre elas, a química, a física e alguns conteúdos de matemática. E até hoje digo que não aprendi quase nada dessas matérias. O que eu gostava mesmo era de Português. Inclusive a maioria das minhas professoras de Português foram ótimas.


No final do 3° ano prestei vestibular para pedagogia na PUC de BH. Fui aprovado. Foi uma experiência muito boa. Mas não teria possibilidades de morar fora e estudar. Acabei começando o curso aqui mesmo, em Três Pontas. De início fiquei um pouco receoso, com medo de que não fosse isso que eu queria. Mas, logo percebi que era isso mesmo, eu queria ser pedagogo. A faculdade tem sido uma grande janela para novas oportunidades em minha vida. Quanta eu coisa aprendi. Quantos paradigmas foram quebrados. O conhecimento traz novas formas de pensar e entender o mundo. Hoje sou uma pessoa mais confiante em mim mesmo. Sinto que sou capaz.

Na faculdade uma leitura que chamou muito a minha atenção foi sobre a vida do educador Paulo Freire. Sou vida e legado me fascinam e me motivam a ser educador. No próximo semestre vou para o penúltimo período de pedagogia. Muitas coisas boas já me aconteceram nesse tempo de estudos.


Comecei a dar aulas no Programa Brasil Alfabetizado, uma experiência única e gratificante.



Depois fui convidado a trabalhar com dois adolescentes que estavam sob medida socioeducativa na cadeia de Três Pontas, outra experiência que nunca vou esquecer. Em seguida, fui para a Escola Municipal Professor João de Abreu Salgado. Uma escola que me acolheu muito bem e na qual me sinto parte integrante. Nessa escola só confirmei o meu desejo de trabalhar com a educação.


Este ano fui contemplado coma bolsa de iniciação científica por meio de um projeto de pesquisa que trata da leitura e compreensão.



Essa pesquisa está em andamento e tenho feito muitas descobertas.



Quando soube do curso Gestar II, pedi que me deixassem participar mesmo que fosse como ouvinte, pois, além de gostar muito de Língua Portuguesa e ter o interesse em cursar Letras após o curso de pedagogia, sei o quanto à formação continuada é importante para quem quer ser um bom profissional.



Só tenho que agradecer a Deus pela minha vida, por seu amor e por todas as oportunidades que me concede.




Paulo, nós só temos que agradecer por ter você conosco, nesta equipe linda do GESTAR II- Língua Portuguesa. Abraços e que Deus sempre o abençoe.
Roseli F. Ferreira - Professora Formadora

Um comentário:

  1. Paulo, estamos felizes por estar participando com tanto empenho e dedicação do nosso Gestar II. Você irá longe em sua carreira pois é determinado e objetivo no alvo.
    Parabéns. Continue assim.

    Abraços:
    ROSELI FIGUEIREDO FERREIRA.

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